A Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) voltou a gerar um Resultado Líquido positivo, fixando-se em 20 milhões de euros, evidenciando uma redução de 89 milhões de euros face ao valor alcançado em 2018.
O EBITDA manteve-se positivo e próximo dos 600 milhões de euros (590 milhões de euros), não obstante o reconhecimento, em 2019, do aumento dos gastos subjacentes aos contratos de subconcessão, em virtude da conclusão dos respetivos processos de renegociação e cujo impacto líquido em resultados (operacionais e financeiros) ascendeu a -31 milhões de euros.
Os rendimentos operacionais apresentaram um crescimento de +10% tendo atingido os 1.489 milhões de euros, destacando-se as evoluções positivas das Portagens (+19 M€) e da CSR (+13 milhões de euros) resultantes do aumento do volume de circulação na rede rodoviária. Os rendimentos provenientes da tarifa de utilização ferroviária mantiveram-se em linha com o verificado em 2018, tendo-se fixado nos 69 milhões de euros.
O ano de 2019 voltou a ser marcado pelo crescimento da atividade de conservação das redes rodoviária e ferroviária sob gestão direta da IP, com reflexo no aumento dos gastos respetivos em +18 milhões de euros e que foi o principal contributo para o crescimento dos Gastos Operacionais.
Relativamente à componente de investimento, destaca-se o progresso do programa de investimento Ferrovia 2020 que, com um nível de execução financeira de 107,9 milhões de euros em 2019, representa uma variação de +50% face ao nível verificado em 2018.
No final de 2019, o prazo médio de pagamento (PMP) da IP fixou-se em 24 dias (23 dias em 2018), prazo este que reflete o rigor e compromisso da empresa com as responsabilidades assumidas perante os seus fornecedores.
Em 2019, os Resultados Financeiros associados à dívida financeira contraída diretamente pela IP mantiveram a tendência de desagravamento dos anos anteriores, melhorando em 35 milhões de euros face ao período homólogo, em consequência da redução do stock de dívida financeira em 726 milhões de euros.
Com efeito, no final de 2019, a dívida financeira ascendia a 5.019 milhões de euros, refletindo o reembolso de empréstimo obrigacionista com aval do Estado Português no montante de 500 milhões de euros ocorrido em fevereiro e a concretização em dezembro da segunda operação de compensação, no valor de 150 milhões de euros, enquadrada pela Lei do Orçamento do Estado do Estado de 2019, que permitiu a regularização de créditos do Estado sobre a IP (serviço da dívida dos empréstimos concedidos pelo Estado à IP) por contrapartida de dívida do Estado para com a IP correspondente aos investimentos efetuados em infraestruturas ferroviárias de longa duração.
Por fim, destaca-se a política de financiamento prosseguida pelo acionista de capitalização da empresa através de operações de aumento de capital que, em 2019, ascenderam a 1.392 milhões de euros.
Consultar o Relatório e Contas 2019 (modelo integrado) aqui.