IP termina o 1.º semestre de 2022 com resultado líquido de 32,4 milhões de euros

Corporativo
  • Relatório e Contas 1.º semestre de 2022

Recuperação do impacto da covid-19 nas receitas de utilização das infraestruturas rodoferroviárias.

No final do 1º semestre de 2022 a IP registou um resultado líquido positivo de +32,4 milhões de euros, o que representa uma recuperação de 71,3 milhões de euros, comparando com o resultado líquido negativo de -38,9 milhões de euros registado em igual período de 2021.

O Resultado Operacional mantém-se positivo, em 119,2 milhões de euros, e registou um acréscimo de 40,8 milhões de euros face ao período homólogo de 2021 (78,5 milhões de euros).

As Vendas e Prestações de Serviço apresentam o valor de 547,9 milhões de euros, representando um aumento de 68,4 milhões de euros (+14%) face ao mesmo período em 2021, devido principalmente ao aumento das Receitas Core. 

Os Gastos Operacionais foram de 501,1 milhões de euros até ao final do 1.º semestre de 2022, superiores em 25,4 milhões de euros face ao valor real de junho de 2021. Destacam-se os gastos com a conservação da rede rodoferroviária que atingiram 91,1 milhões de euros no 1.º semestre de 2022, o que representa um aumento de cerca 1% face ao período homólogo no ano passado.

O valor realizado de investimento nas redes ferroviária e rodoviária, no período em análise, foi de 168,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 66% face ao mesmo período em 2021. 

De realçar a execução global dos investimentos incluídos no Programa Ferrovia 2020, que ascenderam a 132,1 milhões de euros no 1.º semestre de 2022, mais 92% do que no período homólogo no ano passado.

Ainda no âmbito do Programa de Investimentos Ferrovia 2020, evidenciam-se os dois corredores com maior realização no 1.º semestre de 2022: o Corredor Internacional Sul, com uma execução de 69,2 milhões de euros e o Corredor Internacional Norte, com uma execução 30,7 milhões de euros.

No Corredor Internacional Sul encontra-se em construção a nova linha de caminho de ferro entre Évora e Elvas, com um investimento realizado de 66,8 milhões de euros no 1.º semestre de 2022. 

No Corredor Internacional Norte estão em curso as intervenções de requalificação e modernização da Linha da Beira Alta, com um investimento de 30,6 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022. 

No âmbito dos investimentos rodoviários, foi dada continuidade, no 1.º semestre de 2022, a duas obras integradas no Plano de Valorização das Áreas Empresariais, a Ligação do Parque de Negócios de Escariz à A32, com um investimento de 9 milhões de euros, e a Ligação do Parque Empresarial de Formariz/Paredes de Coura à A3, com um investimento realizado de 2,4 milhões de euros.

O investimento rodoviário associado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi de 2,9 milhões de euros no 1.º semestre de 2022, sendo de salientar a consignação de duas obras nesse período: a EN14. Maia (Via Diagonal) / Interface Rodoferroviária da Trofa, com um investimento previsto de 32 milhões de euros e a Variante à EN248 (Arruda dos Vinhos), com um investimento previsto de 6 milhões de euros. 

De referir ainda, no âmbito do PRR, o cumprimento de todas as metas contratualizadas para o 1.º semestre de 2022.

Outro investimento estruturante em curso, no 1.º semestre de 2022, é o relativo ao Sistema de Mobilidade do Mondego, que registou um investimento de 6,5 milhões de euros.

A 30 de junho de 2022, o Resultado Financeiro Global ascendeu a -126,6 milhões de euros, o que traduz uma melhoria de 18,3 milhões de euros face ao ano anterior.

No final do 1º semestre de 2022, a dívida financeira, em termos nominais, totalizava 4.047,5 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 97,4 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2021. 

A redução verificada deveu-se às amortizações dos empréstimos contraídos junto do BEI.

Por fim, de relevar a manutenção da política de financiamento prosseguida pelo acionista de capitalização da IP através de operações de aumento de capital que, no 1.º semestre de 2022, ascenderam a 743 milhões de euros, adequada ao ciclo de investimento em curso.

Miguel Cruz, Presidente do Conselho de Administração, congratula-se “pelo incremento do investimento público que se tem verificado com o contributo da atividade da Infraestruturas de Portugal e pelo cumprimento das metas estabelecidas para o Plano de Resiliência e Recuperação que muito contribuem para a mobilidade sustentável, descarbonização e competitividade do País.”