António Laranjo, presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), foi um dos participantes na mesa redonda sobre o tema "Reforço da Coesão Territorial e da Competitividade Empresarial", inserida no seminário sobre “Infraestruturas: Instrumento de Competitividade e Coesão”, que contou com a presença, entre outros, de Jorge Delgado, secretário de estado das Infraestruturas, enquanto moderador, Carlos Miguel, secretário de estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional e Isabel Ferreira, secretária de estado da Valorização do Interior.
Este seminário digital decorreu no âmbito da discussão pública do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e teve a intervenção de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, na sessão de abertura, e de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, na sessão de encerramento.
António Laranjo começou por salientar que os investimentos rodoviários preconizados no PRR “surgem como consequência racional de vários programas nacionais já existentes ou em aprovação, como o Programa de Valorização do Interior, o Programa de Valorização de Áreas Empresariais ou o Programa Nacional de Investimentos 2030”.
Segundo o responsável, os investimentos serão aplicados em três grandes grupos:
- Missing links e Aumento da Capacidade da Rede, com um investimento de 362,9 milhões de euros (M€);
- Ligações Transfronteiriças, com 110 M€ de investimento;
- Acessibilidades Rodoviárias às Áreas de Acolhimento Empresarial, com um investimento de 190 M€.
O presidente da IP realçou, ainda, que este “é um desafio complexo”, que exige uma resposta nacional e um compromisso de todos os players envolvidos - “sejam públicos ou privados, passando pelas autarquias, projetistas, empreiteiros, investidores” – de forma a “garantir maior agilidade administrativa, capacidade técnica, soluções economicamente vantajosas e que assegurem a preservação do meio ambiente”, explicou.
António Laranjo salientou que “estas medidas irão contribuir para a adaptação dos territórios às alterações climáticas, garantindo uma maior resiliência das infraestruturas, nomeadamente aos fenómenos climatéricos adversos extremos, através das mais adequadas escolhas de soluções de projeto, no que respeita a traçado, sistemas de drenagem, estabilização de taludes ou materiais a utilizar. Em suma, estamos a preparar um futuro mais sustentável”, concluiu.
