Rotas dos Azulejos - Linha do Minho

147 de outros artistas seus contemporâneos como Santa-Rita Pintor, Dordio Gomes ou Amadeu de Sousa Cardoso, que exploraram caminhos mais inovadores. As memórias idílicas do mundo rural da sua infância povoam as obras das suas primeiras exposições individuais, que mereceram destaque na revista Ilustração Portugueza em 1914 e novamente a 28 de janeiro de 1918. Nesse ano, expôs no salão desta publicação 57 quadros e diversos estudos e maquetes para cenografias destinadas ao Teatro Politeama e a outras salas não nomeadas. Na década de vinte descobriu a azulejaria, onde desenvolveu amplos programas decorativos que beneficiam da sua experiência como cenógrafo. Pintou, em 1929, os silhares de azulejos da igreja de Santo António do Estoril, num poderoso azul e branco que presta tributo à azulejaria joanina. No Alentejo, destaca-se o monumental conjunto que cobre toda a parede sobranceira ao tanque da quinta de São Vicente, em Ferreira do Alentejo. Esteve ainda representado em Sevilha, na Exposição Ibero-Americana de 1929. Foi autor de diversos revestimentos de azulejos que decoram estações dos Caminhos de Ferro desde Caminha (não datados, aplicados em 1942), Duas Igrejas - Miranda do Douro (c. 1938), Santiago do Cacém (1931 - 32), Sedim (Miranda do Douro), Sines (1934 - 35), Vila Viçosa e Pocinho – Vila Nova de Foz Côa (não datados) e Mondim de Basto (não datados, estação inaugurada em 1949). Os seus trabalhos encontram-se em oito estações de caminhos de ferro e foram produzidos na Fábrica Sant’Anna (Lisboa): - Caminha (década de 1930) - Miranda-Duas Igrejas (azulejos c. 1938) - Sendim (azulejos c.1938) - Mondim de Basto (azulejos década de 1930) - Pocinho (azulejos não datados) - Santiago do Cacém (azulejos de 1931-1932) - Sines (azulejos de 1934-1935) - Vila Viçosa (azulejos não datados)

RkJQdWJsaXNoZXIy NzgzMzI5