Rotas dos Azulejos - Linha do Minho

143 CARLOS ANTÓNIO TEIXEIRA BASTO NUNES BOTELHO Lisboa, 18 de setembro de 1899 — Lisboa, 18 de agosto de 1982 “Ilustrador, decorador, autor de banda desenhada e pintor, referência do Modernismo em Portugal. Apesar de manter alguma atividade artística na sua juventude, publicando banda desenhada e colaborando assiduamente com alguns periódicos, Botelho ingressa na Escola de Belas-Artes de Lisboa apenas aos 30 anos, desistindo um ano depois descontente com o ensino académico de pendor clássico. Parte então para Paris, onde estuda na Academia Chaumière e na Academia Colarossi. Expõe no Salão dos Independentes de Lisboa em 1930. Ao longo da década de 30, publica os seus trabalhos em revistas como a Turismo, Notícias Ilustrado, Crónica Ilustrada, Domingo Ilustrado ou ABC. Em 1933 foi assistente de realização de Cotinelli Telmo no filme A Canção de Lisboa. Em 1939 passa um largo período nos Estados Unidos da América, integrando a equipa de decoradores dos pavilhões portugueses das exposições internacionais de Nova Iorque e São Francisco. No ano seguinte colabora na Exposição do Mundo Português e é agraciado com o prémio Columbano. Ao longo da sua carreira participou em numerosas exposições nacionais e internacionais, realçando-se as distinções que ganhou na primeira e terceira edições da Bienal de São Paulo, no Brasil (1951 e 1955). Como pintor, foi como retratista da sua Lisboa natal que mais se distinguiu. O seu atelier na Costa do Castelo, onde trabalhou desde 1930, proporcionou-lhe a inspiração para captar as cores e a luminosidade que caraterizam a capital portuguesa. A Câmara Municipal de Lisboa atribui, desde 1989, um prémio com o seu nome para a melhor pintura sobre a cidade.” Fig. 1- Desenho polícro- mo realizado a lápis de cor. Composição constituída por uma cartela de cantos enrolados e, ao centro, uma reserva oval onde se insere a inscrição com o tipo de prémio e o ano correspondente. Fonte: “Correspondên- cia relativa ao Concurso “Estações Floridas” / Torre do Tombo Estes troféus foram produzidos na Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego e estão colocados em várias estações de caminhos de ferro premiadas. Fig. 2- Placas cerâmicas concebidas para serem colocadas nos edifícios de passageiros das estações galardoa- das com os prémios atribuídos às “Estações Floridas”, concurso instituído em 1941 pelo SPN – Secretariado da Propaganda Nacional. O concurso não se realiza há várias décadas. Artigo de Joana Baião

RkJQdWJsaXNoZXIy NzgzMzI5