Rotas do Azulejos - ROTA AUTORIA JORGE COLAÇO
LINHA DO ALENTEJO A linha ferroviária a sul do Tejo começou por ser construída por duas companhias distintas, uma com capitais nacionais, a Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo ou “dos Brasileiros”, e a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste, com capitais ingleses, que adotaram diferentes bitolas. Em 1860 o governo assina um contrato de construção do caminho-de-ferro de Vendas Novas a Évora e Beja com a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste responsável pela abertura à exploração pública do troço entre Casa Branca e Évora, na Linha de Évora, em 14 de setembro de 1863. A diferença de bitolas entre a rede do Sul e a rede do Sueste e a irregularidade do serviço de barcos entre Lisboa e o Barreiro, causavam grande transtorno aos passageiros que se dirigiam para o Sul. Nos primeiros anos, um passageiro que de Lisboa se deslocasse a Beja, apanhava o vapor na Praça do Comércio; chegando ao Barreiro, com o barco fundeado na cale do Coina, passava para um bote que o transportava à margem da estação; na viagem de comboio e mudava em Vendas Novas, para a linha dos “ingleses”, na bitola de 1,67m. Em agosto de 1861 e após vários episódios, o Governo comprou a Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo, perante o interesse de D. José de Salamanca, concessionário das Linhas de Leste e Norte e, posteriormente, vendeu-a à Companhia do Sueste que procedeu à uniformização de bitolas, passando em 1864, a usar-se a bitola de 1,67m. Em 1869, constituem-se os Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, um serviço público do Ministério das Obras Públicas, responsável pela construção e exploração da rede ferroviária ao Sul do Tejo.
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